18 agosto, 2009

Oceano Árctico já está a libertar metano

«A libertação de metano no oceano árctico já começou. Uma equipa de cientistas contou mais de 250 plumas de bolhas do gás - um dos mais importantes para o efeito de estufa - na região costeira deWest Spitsbergen, a maior ilha do arquipélago da Svalbard, que pertence à Noruega, e fica a Norte da Península Escandinava.

O estudo foi feito por um grupo de investigadores de várias instituições do Reino Unido e da Alemanha, e foi publicado na revista "Geophysical Research Letters".

A concentração do CO2 na atmosfera faz com que este gás seja o principal responsável pelas alterações climáticas. Mas o metano é 72 vezes mais forte para o efeito de estufa. Apesar de existir em quantidades muito menores (a concentração de metano na atmosfera é de 1745 partes por milhão de milhão, enquanto o CO2 é de 387 partes por milhão), este gás aumentou cinco vezes mais do que o CO2 desde o período pré-industrial.

Os combustíveis fósseis e a agricultura são os principais responsáveis pela libertação do metano. Mas os investigadores têm estado preocupados com os bancos de metano que estão acumulados nos sedimentos marinhos e na tundra polar árctica, que se podem libertar devido ao aumento de temperatura.

“A nossa pesquisa foi feita para podermos estimar quanto metano vai ser libertado devido ao aumento de temperatura dos oceanos”, disse em comunicado Tim Minshull, investigador do Centro Oceanográfico Nacional de Southampton, no Sul de Inglaterra. “Mas não esperávamos encontrar provas tão fortes de que este processo já teve início.”

As mais de 250 plumas de metano foram detectadas por sonar. As amostras do gás foram recuperadas com um sistema de garrafas colocadas a diferentes profundidades. O metano está a ser libertado a profundidades que variam entre os 150 e os 400 metros.

Dependendo da temperatura e da pressão, o metano pode acumular-se sob a forma de metano hidratado, nos sedimentos marinhos. Hoje, no oceano ao largo de West Spitsbergen, o metano hidratado é estável a profundidades superiores a 400 metros, mas há três décadas o composto existia a profundidades a partir dos 360 metros. Nestes últimos 30 anos a temperatura da região aumentou um grau, fazendo com que as moléculas de metano se libertem sob a forma de gás a profundidades cada vez maiores.

Apesar da maioria do metano ficar dissolvido na água – aumentando a acidificação dos oceanos, com um impacte na ecologia das espécies marinhas – é possível haver períodos em que mais metano fuja para a atmosfera.

“Se este processo se espalhar pelas margens continentais do árctico, dezenas de mega toneladas de metano serão libertadas para o oceano”, disse em comunicado Graham Westbrook, professor da Geofísicas da Universidade de Birmingham.»


Fonte: Público

Mais informação sobre Hidratos de metano aqui, aqui, aqui e aqui.

16 agosto, 2009

Petição Pela Valorização do Pontal

Partilhada pelos concelhos de Faro e Loulé, a Mata do Pontal tem uma área de 627 hectares e constitui um conjunto de ecossistemas de enorme valor natural e paisagístico. Contém uma das maiores manchas florestais de pinhal de uso múltiplo do litoral algarvio e a maior dos concelhos. Constitui igualmente uma das áreas de maior valor natural e paisagístico da orla terrestre do Parque Natural da Ria Formosa (PNRF), compreendendo ecossistemas e uma biodiversidade com valores naturais excepcionais como várias espécies animais e vegetais em grande risco de extinção e algumas únicas a nível mundial, onde se inscreve a Tuberaria Major. Estando inserida no PNRF, partilha com este uma grande sensibilidade ecológica e o respectivo estatuto de protecção internacional através de várias classificações como a de Parque Natural, Zona de Protecção Especial (directiva Aves), Sítio de Interesse Comunitário (directiva Habitats), Convenção de Ramsar (zonas húmidas) e Convenção de Berna (vida selvagem e ambiente).

Não obstante a sua importância, esta zona concentra desde há muito em seu redor uma enorme pressão imobiliária, a qual levou já ao desaparecimento de parte da área florestal original para dar lugar a empreendimentos turísticos e campos de golfe. De igual forma, devido a negligências e inércias de vária ordem, a Mata do Pontal continua a ser alvo de acções não compatíveis com os valores naturais em presença, as quais têm contribuído para a sua degradação.

Apesar disso, o facto desta área florestal se encontrar ainda num razoável estado de preservação e de apresentar uma fraca ocupação humana, faz dela um espaço natural único, e, sem dúvida, uma área de grande potencial para a conservação da Natureza e desenvolvimento sustentável, através de funções culturais, científicas, de manutenção da saúde, de educação e sensibilização ambiental, de lazer e mesmo económicas para as populações locais, desde que compatibilizadas com os valores naturais em presença.

Esta requalificação do espaço natural e a implementação de estruturas com vista à criação de áreas compatíveis com o seu usufruto de forma ambientalmente sustentável pelas populações, vai também constituir uma atracção para as cada vez maiores faixas de turistas que procuram o Turismo de Natureza. A criação e gestão sustentável deste espaço também vai garantir que este recurso ambiental de enorme valor vá permitir o seu usufruto tanto pelas gerações actuais como pelas futuras.

Perante os factos acima referidos, vêm os abaixo assinados apelar às entidades referidas que seja criado o Parque Ambiental do Pontal, assegurando desta forma a defesa do interesse público da Mata do Pontal, salvaguardando a valorização dos seus ecossistemas, biodiversidade e paisagens e levando a que a população possa justa e finalmente usufruir em pleno direito de todo o potencial contido neste seu património.

Os Peticionários

Assinar Petição

24 julho, 2009

Let's do it!



Nunca tinha ouvido falar desta acção. Pode até ser apenas uma grande manobra publicitária, mas é uma óptima ideia e altamente inspirador.

01 abril, 2009

Ensaios - milho transgénico - Consulta pública até 3 de Abril



"Até ao dia 3 de Abril de 2009 às 24h está aberta a consulta pública relativa ao pedido da empresa Monsanto para ensaios de campo com milho transgénico NK603.
Os terrenos em causa ficam em Salvaterra de Magos e Évora, mas todos os portugueses podem (e devem) participar."

Este milho é resistente ao glifosato, um herbicida que tem vindo a ser largamente promovido pela indústria dos transgénicos.

A notificação feita pela Monsanto:
- não esclarece convenientemente uma série de aspectos relativos à Biosegurança, nem apresenta referências científicas que mostrem a inocuidade destes ensaios para a biodiversidade;
- refere que serão testados outros compostos para além do glifosato, mas não refere nomes nem princípios activos dos mesmos;
- não se refere à "coexistência" com a apicultura e ao facto das abelhas poderem transportar polén dos campos em ensaios.

Pode enviar o seu descontentamento face à possibilidade dos ensaios da Monsanto para o endereço de E-mail: cpogm@apambiente.pt

Escreva o seu próprio texto ou envie a Carta colectiva com o seu nome e BI.
Carta disponível em: http://stopogm.net/?q=node/643

Para dúvidas ou mais informações contacte a Plataforma Transgénicos Fora pelo E-mail: info@stopogm.net

Agradece-se divulgação!

26 março, 2009

Planos de Gestão de Região Hidrográfica

Teve início o em Fevereiro o período de discussão pública dos Planos de Gestão das Regiões Hidrográficas.

Este período termina em Julho de 2009

Nos novos sites das Administrações das Regiões Hidrográficas (ARH(s)) poderão encontrar informação de suporte à participação pública.

ARH Norte ARH Centro ARH Tejo ARH Alentejo ARH Algarve

Participem!

24 fevereiro, 2009

A ecovia no Algarve

Deixo aqui a versão integral de um artigo publicado no jornal «O Canudo» sobre a implementação das ecovias no Algarve.

"Muitos se terão interrogado sobre o que seria a linha azul que recentemente se passou a ver ao longo de algumas vias urbanas. Para os que ainda não descobriram, «O Canudo» foi investigar e averiguou (sem grande dificuldade) que se tratava da há muito anunciada Ecovia do Litoral.
Este não deverá ser, ainda assim, o traçado definitivo da ecovia. «O traço azul é uma mera marcação para dar ideia que ali vai ser algo de novo, mas é apenas uma marcação informal. Ao traço azul juntar-se-ão sinalização e outros limites. É isso que estamos a pensar fazer logo que seja possível», disse ao nosso jornal o presidente da AMAL Macário Correia.


Em Faro, foi noticiado em Julho do ano passado o lançamento do concurso público para a execução de 20 quilómetros de troço de ecovia. O investimento foi de 128 mil euros e o prazo de execução de 6 meses.

A professora Manuela Rosa, especialista em mobilidade da Universidade do Algarve, considera que o projecto poderia ser «do ponto de vista das boas práticas, melhor conseguido». Segundo a docente, «em termos de troço urbano, a pintura é pertinente em pequenas ruas sem grandes volumes de tráfego nem grandes velocidades», sendo que a segregação (separação da via ciclável da via de tráfego automóvel) é ideal quando «os volumes de tráfego e as velocidades são elevadas, para evitar conflitos e acidentes». Contudo admite que, na avenida junto ao caminho de ferro que conduz ao Largo de São Francisco, apesar da velocidade permitida por lei ser de 50 km/h, «talvez se justificasse a segregação». Esta especialista, que esteve envolvida na elaboração do Plano de Mobilidade Sustentável de Faro, confessou-se «muito decepcionada» pois, no troço que liga o núcleo urbano de Faro a Gambelas, «limitaram-se a tapar buracos nos caminhos que pré-existiam». «Uma pista ciclável, para ter características de alguma qualidade na sua utilização, tem que ter um pavimento específico», para além de vários elementos infra-estruturais específicos do ponto de vista técnico para este tipo de via, disse.

São apontadas condicionantes financeiras como a principal justificação para o actual estado de implementação do projecto ecovia em Faro. A autarquia farense já se sabe há muito, atravessa um dificil período ao nível financeiro, nomeadamente no que diz respeito à liquidez.

Mas, aparentemente, nem sempre é uma questão financeira que está por detrás de problemas relacionados com mobilidade, na capital algarvia. Um exemplo disso é o Largo de São Francisco, que sendo um recinto de eventos para além de um parque de estacionamento, vê constantemente condicionada a sua capacidade plena. Quase sempre que este espaço é utilizado, verifica-se que o tempo de montagem das estruturas necessárias é sempre inferior ao de desmontagem. O mais recente evento foi o reveillon, que afectou parte significativa do total de lugares disponíveis pelo menos até ao dia 8 de Janeiro."

André Mascarenhas/ Sofia Trindade

03 fevereiro, 2009

Ambiente, desenvolvimento e Médio Oriente

num artigo muito interessante retirado do blogue Arab democracy - blogue que aconselho vivamente.

«The Cedar Island: A Lebanese "Truman Show"


It has been confirmed. Noor International Holding unveiled last week its plan to build an artificial "Cedar Island" off the Lebanese coast, in the Damour area. The Cedar Island has even a website, with pictures strongly reminding us of Dubai’s "Palm Island".

Noor International Holding presents itself on the website as a company "specialized in real estate development, who acquired experience after developing since 1994 more than 12 projects in the Middle East and the Gulf region". But their "vision" goes even further as it aims to "(…)transform the virgin land into a blossoming productive community scoring a distinctive benchmark". This sentence is in my opinion more important than the project itself. It is the best starting point to think about the project before looking at how it has been perceived by the public so far.(...)»

clique aqui para ler o artigo completo

Fonte: Arab democracry